- Descrição dos "preparos da festa” feita pelo narrador, que assume o olhar do povo (as colunas, as figuras, os medalhões, as ruas toldadas, os mastros enfeitados com seda e ouro, as janelas ornamentadas com cortinas e sanefas de damasco e franjas de ouro), que se sente maravilhado com a riqueza da decoração (uma reflexão do narrador leva-o a concluir que não se verificam muitos roubos durante a cerimónia, pois o povo teme os pretos que se encontram armados à porta das lojas e os quadrilheiros, que procederiam à prisão dos infractores)
- Referência do narrador às damas que aparecem às janelas, exibindo penteados, rivalizando com as vizinhas e gritando motes
- À noite, passam pessoas que tocam e dançam, improvisa-se uma tourada
- De madrugada, reúnem-se aqueles que irão formar as alas da procissão, devidamente fardados.
2. Realização da procissão:
- À frente, as bandeiras dos ofícios da Casa dos Vinte e Quatro, em primeiro lugar a dos carpinteiros em honra a S. José; atrás, a imagem de S. Jorge, os tambores, os trombeteiros, as irmandades, o estandarte do
Santíssimo Sacramento, as comunidades (de S. Francisco, capuchinhos, carmelitas, dominicanos, entre
outros) e o rei, atrás, segurando uma vara dourada, Cristo crucificado e cantores de hinos sacros.
3. Crítica do narrador:
- Crítica do narrador às crenças e interditos religiosos;
- Visão oficial da procissão como forma de purificação das almas, que tentam libertar-se dos pecados cometidos
- Censura ao luxo da igreja à luxúria do Rei
- Histeria colectiva das pessoas que se batem a si próprias e aos outros como manifestação da sua condição de pecadores